Quando Olhei Para Cruz Tive Medo

Quando era ignorante e perdida, via ao longe e desfocada, a cruz. Fugia dela, pois me mostrava martírio, culpa, castigo, rigor, prisão e morte.

Cansada de fugir e não encontrar abrigo em outro lugar, resolvi encará-la e passei a andar em direção à cruz, enfrentando um processo dolorido de arrependimento e comiseração, vendo meus pecados refletidos na imagem agora não tão distante, mas ainda turva do calvário, decidida a pregar a mim mesma naquela cruz, cansada dos meus erros, cansada da maldade do mundo.

E quanto mais me aproximava, mais a cruz se iluminava, mais meu passado se desprendia de mim, mais claro ficava meu destino, menos de mim mesma eu via na cruz, mais daquela luz se refletia em mim. Menos do mundo eu queria, mais próximo à cruz eu queria estar, ao mesmo tempo quebrantada, mas completamente inebriada pelo calor que vinha daquela luz.

Quanto mais eu me aproximava, mais eu conseguia entender, até que finalmente conheci a verdade e finalmente pude ver claramente, lá no alto, onde estava a cruz, o temor de toda a minha vida, não era uma cruz de sacrifício, de renúncia, não era um consolo para meus pecados, uma rendição, lá naquela cruz estava toda a minha salvação.

Lá estava Jesus, imponente, reluzente, vivo e resplandecente de glória, em pé, de braços abertos, durante todo esse tempo, me esperando.

A cruz era Jesus!

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